É
avermelhado escuro, um pouco menor, não deixa aquela sensação travosa na boca, diferente
dos cajus “tradicionais”, e sua árvore chega a medir cerca de quarenta metros. É
a época do cajuaçú, também conhecido como caju do mato ou caju bravo, árvore
nativa das Guianas e daqui do Brasil, muito presente na Amazônia, e que aqui em
Bragança é o rei do carnaval.
Chega
esse período em Bragança e a temporada de caça ao cajuaçú logo começa. Mal
passa o réveillon e bragantino que se preze já tem que começar a providenciar a
bebida mais tradicional da época na Pérola do Caeté. A batida de cajuaçú é
preparada sem mistério: Suco da fruta, bebida destilada (geralmente vodka) e
açúcar a gosto. Reza a lenda que só o suco já causa efeito, imagine misturada? (Não,
não estamos fazendo apologia ao alcoolismo, e é importantíssimo ressaltar que
SE BEBER, NÃO DIRIJA) mas como tradição é tradição, apresentar-lhes essa
delícia, misturada ou não, é nosso dever.
O
carnaval de Bragança é bem diversificado e a cidade se entrega aos arrastões
com trio elétrico, blocos fantasiados, marchinhas e uma super estrutura na
Praça de Eventos com bandas e uma multidão cheia de alegria. O turista que aqui
chega, logo se depara com a garrafinha com conteúdo avermelhado disputando espaço
entre as outras bebidas dos vendedores ambulantes e entre a galera que já se
garantiu antecipadamente.
Você
que não conhece, a cidade e tampouco o cajuaçú, sinta-se convidado, pois a
ordem aqui é pular, dançar, curtir com os amigos e o cajuaçú na mão. Se ainda
não garantiram o cajuaçu de vocês, sempre tem um amigo que sabe de uma vizinha
que conhece alguém que tem cajuaçú. Batida pronta e aproveitem!
Texto: Bruno Moraes
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